Prezados,
Hoje segui meu calendário de
cuidados para Bonsai e promovi a segunda rodada de adubação do Outono em meu
viveiro, a primeira em algumas espécies: Cipreste, Tuia Nana, Tuia Jacaré,
Shimpaku, Romã, Ligustro, Ficus, Serissa e Cerejeira.
Minhas plantas trabalhadas hoje |
Utilizei apenas Torta de Mamona,
um adubo orgânico de fácil aplicação e ideal para iniciantes.
O tema adubação é muito delicado
e por isso trago um compilado de informações que pude levantar nos últimos meses
em meus estudos.
Na natureza, as árvores são capazes
de conseguir alimento diretamente do chão, contudo, no Bonsai as plantas em uma
bandeja, a situação muda. Por estar em um recipiente pequeno, com pouca terra,
o bonsai pode rapidamente consumir todos os nutrientes presentes naquele solo,
e é por isso que adubamos, para repor esses nutrientes e continuar provendo
alimento para a árvore.
A adubação que os cultivadores
promovem trata da reposição dos nutrientes retirados do solo pelas plantas e
pelas chuvas e colaboram com a geração de energia através da Fotossíntese.
Fotossíntese é um processo
químico realizado pelas plantas, para transformar matéria mineral em matéria
orgânica, que é a base de sua alimentação. No processo da fotossíntese as
plantas transformam aqueles minerais nutrientes disponíveis no solo em um tipo
de açúcar que utilizam para se alimentar. Abordamos a fotossíntese e a
fisiologia vegetal no post ("Fisiologia Vegetal")
E quando falamos de árvores em
vasos, equilíbrio no cultivo não é fácil de conseguir. Demanda muita humildade,
observação, estudo e disciplina. Abrange
a rega adequada, quantidade ideal de exposição ao sol e nutrientes
disponibilizados. E tudo isso na mesma importância de relevância ao resultado
final.
A adubação é um dos principais
procedimentos no cultivo do bonsai. Pode ser considerada uma verdadeira
ferramenta de trabalho, pois além de garantir a saúde da árvore, nos permite
alcançar com maior eficiência nossos objetivos, desde que usada adequadamente.
As árvores têm diferentes
necessidades de nutrientes para cada estação, estágio de desenvolvimento e
espécie. Partindo desse princípio, e com o uso do bom senso, precisamos adequar
as diferentes formas de adubação (química ou orgânica) a estas diferentes
necessidades.
E como saber se preciso adubar o meu bonsai?
Se temos uma muda nova cujo
objetivo é que ela engrosse o tronco, temos que lhe proporcionar uma
adubação rica principalmente em nitrogênio e enxofre, para que se desenvolva o
mais rápido e acelerado possível. Já um bonsai formado, a adubação será com
baixos índices de nitrogênio e rico em fósforo( P ) e potássio( K ), dessa
forma ele terá um crescimento lento onde será priorizado o trabalho de
refinamento de sua estrutura e, no caso das frutíferas e floríferas, floração e
frutificação.
Outro manejo que propicia bons
resultados e que ilustra bem o uso específico pra cada estação é o uso de
adubos ricos em Fósforo ( P ) e Potássio ( K ) durante o outono e inverno,
período em que a árvore está fazendo sua reserva e com índices mais altos de
Nitrogênio ( N ) na Primavera e verão, período de maior intensidade vegetativa.
A tabela abaixo especifica a
função dos principais nutrientes.
Macronutrientes
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Nitrogênio (N)
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Responsável pela síntese de
proteínas é muito importante no crescimento das plantas sendo um
excelente estimulante. Ë atuante em todas fases de crescimento, desde a
brotação até a floração e frutificação. O excesso desse nutriente diminui a
resistência da planta.
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Fósforo (P)
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Age na floração, frutificação e
formação de sementes e raízes, é importantíssimo na produção de
energia e está presente em todas as fases de crescimento.
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Potássio (K)
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É indispensável à perfeita
estruturação celular das plantas. Permite aumentar sua capacidade de
resistência à falta de água e às pragas e doenças. Auxilia na formação das
raízes, amadurecimento, sabor e cor dos frutos e ainda na absorção de água e
demais nutrientes.
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Cálcio (Ca)
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Essencial para formação e
fortalecimento de todas as partes da planta, em especial as raízes e folhas
uma vez que sua falta compromete a absorção de nitratos. É um importante
aliado na prevenção de doenças.
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Magnésio (Mg)
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Está diretamente ligado ao
metabolismo energético das plantas sendo parte integrante da molécula da
clorofila. É responsável pela formação dos diversos pigmentos das flores e
frutos.
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Enxofre (S)
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É importantíssimo na absorção
do nitrogênio e ativador de diversas enzimas relacionadas com o metabolismo
energético
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Cloro (Cl)
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Fundamental na fotossíntese
está diretamente relacionado ao metabolismo da água e a transpiração das
plantas.
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Micronutrientes
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Ferro (Fe)
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Importante elemento no
metabolismo energético. Atua na fixação do nitrogênio e desenvolvimento do
tronco e raízes.
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Boro (B)
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Contribui para a maior força e
resistência dos tecidos vegetais sendo atuante no desenvolvimento
e brotação de gemas e folhas.
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Zinco (Zn)
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Ativa diversas enzimas
relacionadas aos mecanismos de defesa vegetal sendo essencial para a
biossíntese dos hormônios necessários ao desenvolvimento, floração e
frutificação.
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Manganês (Mn)
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Participa do metabolismo
energético respiratório e é muito importante para a formação da clorofila,
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Cobre (Cu)
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Atua na diretamente na
prevenção de doenças, pois contribui para a formação de pigmentos e
substâncias que defendem as plantas contra a ação de fungos e outros
parasitas
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Molibidênio (Mo)
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Está diretamente ligado ao
metabolismo do nitrogênio, e ao desenvolvimento global do vegetal,
principalmente a floração e a frutificação. É o micronutriente menos
abundante nos solos.
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Cobalto (Co)
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Importante ativador de enzimas
ligadas a biossíntese dos lipídios (gorduras) está diretamente relacionado
com o metabolismo energético e de defesa das plantas
|
TIPOS DE ADUBO
Existem basicamente dois: químico
e orgânico.
O adubo químico é obtido da extração mineral ou derivado de petróleo.
Devido a alta concentração é aproveitado pelas plantas de forma mais rápida,
razão pela qual devemos aplicá-los com conhecimento para não causarmos danos às
plantas.
Tem a grande vantagem de não
produzir qualquer tipo de odor, ou seja, ideal para quem cultiva bonsai dentro
de casa, mas possui uma grande desvantagem também, caso você erre na dose do
adubo, colocando mais do que o necessário, você pode matar seu bonsai, por isso
use sempre metade de quantidade indicada pelo fabricante, lembre-se que esses
adubos químicos não são feitos especificamente para bonsai, então eles não
levam em consideração o tamanho reduzido do vaso, a quantidade menor de
substrato e nem a rápida absorção pelas raízes.
É uma adubação mais rápida e
eficiente, principalmente os adubos foliares, pois são misturas de sais
solúveis em água que uma vez aplicados são rapidamente assimilados pelas
plantas.
Neste tipo de adubação, é
importante observar primeiramente, a composição do adubo que desejamos
utilizar, ou seja, a proporção dos nutrientes principais (N, P e K) de acordo
com o objetivo de quem cultiva e/ou as necessidades da espécie cultivada.
No mercado é comum encontrarmos adubos com suas formulações em evidência,
como por exemplo: 04 14 08 que corresponde a 04% de nitrogênio(N), 14% de
fósforo(P), 08% de potássio(K). Essa formulação, conforme podemos constatar na
tabela acima é ideal para induzir a floração e frutificação. Já um adubo com a
formulação 10 10 10 é utilizado em plantas ornamentais ou em casos em que
se deseja um crescimento equilibrado e não tanto floração ou frutificação. E
ainda, um adubo 15 00 00 já é o extremo do primeiro exemplo e
seu uso é indicado quando se deseja um crescimento intenso e acelerado.
Outro aspecto muito importante
nessa adubação é a estrutura física do adubo, se é líquido, sólido, granulado,
se é aplicado diretamente na planta ou diluído em água, se é foliar (pode ser
aplicado por pulverização diretamente nas folhas, procedimento que se for
utilizado deverá ser feito preferencialmente ao anoitecer ou bem cedo pela
manhã) , etc. Nesses casos é fundamental ficar atento aos rótulo do fabricante,
e utilizar o produto de acordo com as especificações nele contidas e tomar
muito cuidado com os excessos, principalmente no caso do Nitrogênio (N), que
pode até causar a morte da planta.
O segredo está na regularidade,
equilíbrio e variedade, quanto mais regular e variada a adubação melhor, pois
um adubo supre as deficiências do outro.
EXEMPLOS DE ADUBOS INORGÂNICOS
N - P - K (Nitrogênio - Fósforo e
Potássio)
Salitre do Chile - ( Rico em
Nitrogênio, aproximadamente 16%)
Sulfato de amônia -( Rico em
Nitrogênio)
Nitrocálcio - ( Rico em
Nitrogênio)
Uréia -( Rico em Nitrogênio)
Superfosfatos - ( Rico em
Fósforo)
Cloreto de potássio - (Rico em
Potássio)
Sulfato de potássio - (Rico em
Potássio)
Já o adubo orgânico, é oriundo de matéria vegetal ou animal e diferencia-se
da química por ser de liberação mais lenta, tendo em contrapartida uma ação
mais prolongada, além de favorecer a formação e estruturação da micro fauna
(fungos e bactérias) normal do solo. Estes adubos são produzidos a partir de
elementos naturais (mais exatamente, por meio da decomposição de matéria de
origem animal, vegetal ou mineral). Torta de mamona, torta de algodão, farinha
de osso, farinha de peixe, farinha de sangue, calcário, cinza de madeira são
alguns exemplos.
Pode ser realizada no momento do
preparo do substrato para o plantio, através da incorporação de matéria
orgânica. Outra, denominada adubação de cobertura, é realizada através da
aplicação do adubo orgânico na superfície do solo no vaso ( é mais utilizada no
cultivo do bonsai). Existem algumas formulações comerciais específicas para
bonsai disponíveis no mercado, porém a maioria dos produtos é importada, como o Biogold e
o Rapeseed, ambos fornecidos na forma de pellets.
Tem maior permanência no solo
embora sejam absorvidos de forma mais lenta, isto porque ele demanda algum
tempo para se tornarem absorvíveis, ou seja, tem que acontecer toda uma
transformação para que o adubo orgânico se transforme nos elementos químicos
que serão utilizados pelas plantas. Use preferentemente os orgânicos, deixando
os inorgânicos para solos testados como muito fracos.
Tal tipo permite que você erre um
pouco na dosagem, mas possui um cheiro bem forte, na maioria dos casos, este
cheiro é produzido durante a fase de fermentação da mistura, depois de alguns
dias o odor some quase que por completo. Esse tipo de adubo é mais indicado
para quem cultivar bonsai em locais abertos, já que o cheiro pode atrair moscas
e incomodar as pessoas.
Já li algumas opiniões validando,
para quem está começando, o adubo químico como melhor, seja ele líquido ou
sólido, e apesar de já ter utilizado nos meus primeiros dois exemplares o
Osmocote, não me sinto seguro de incentivar os químicos e atualmente trabalho
apenas com orgânicos.
Para a adubação orgânica de
cobertura, o intervalo ideal entre aplicações é de 30 dias. Para plantas em
formação é utilizado uma maior quantidade de adubo, com o objetivo de promover
um desenvolvimento mais acelerado, ao passo que para árvores formadas utilizaremos
apenas o necessário para suprir suas necessidades de manutenção.
EXEMPLOS DE ADUBOS ORGÂNICOS
Torta de Mamona - (Cerca de 5% de
Nitrogênio)
Humus - É resultado da
decomposição de restos vegetais e pequena parcela de restos animais.
Humos de Minhoca - Além de um
excelente adubo é também um recondicionante das condições físicas e biológicas
do solo.
Farinha de Sangue - Rica em
Nitrogênio aproximadamente 10%.
Farinha de Osso - Rica em
Fósforo. É indicado para plantas floríferas visto que o Fósforo é um
estimulante para a floração e frutificação. Para calcular comece pensando que
por m2 (metro quadrado) podemos usar de 100
a 300grs.
Farinha de Peixe - Rica em
Fósforo 9% e, em Nitrogênio 5%. Valores aproximados.
Cinza de Madeira - É rica em
Potássio - Cálcio e Magnésio. É quase imperceptível a presença de Nitrogênio e
Fósforo
Estercos - São ricos em
macronutrientes (NPK) além de incorporarem matéria orgânica. Nunca devem ser
usados ainda frescos, é necessário curtir o esterco deixando secar ao sol por
mais ou menos 30 dias. Molhe algumas vezes até que esteja totalmente
fermentado.
COMO USAR O ADUBO?
Primeiro devemos molhar as
plantas depois adubamos. Principalmente nos fertilizantes químicos pois os
mesmos poderiam queimar as plantas.
Uma regra que funciona, com
certeza, é a de se usar uma adubação a mais variada possível, intercalando
adubos orgânicos e químicos. Como na nossa alimentação, quanto mais diversificada
a adubação melhor. Existem muitos adubos à nossa volta que simplesmente nem os
notamos. É o caso da borra de café, por exemplo, que trata-se de um excelente
estimulante vegetal e a jogamos no lixo. Basta usarmos a criatividade e
observação que com certeza temos inúmeras opções de adubação bem regionais,
baratas e fáceis à nossa volta.
Além disso, respostas à adubação
podem influenciar aspectos diretamente ligados à aplicação de técnicas. Se for
usado adubo demais, provoca-se um desenvolvimento acelerado, o que, no caso do
bonsai, pode levá-lo a perder sua forma planejada.
Em geral, plantas com forma bem
definida e em estágio avançado de desenvolvimento precisam de menos adubo e/ou
um adubo com menor percentual de nitrogênio e com maiores percentuais de
fósforo e potássio . Já uma planta jovem, ainda em formação, precisará de mais
adubação e/ou uma formulação de adubo com maior percentual de nitrogênio.
COMO ESCOLHO UMA FORMULAÇÃO DE ADUBO PARA AS PLANTAS?
Os adubos são compostos de diversos
minerais e no seu rotulo vem especificado as quantidades ou porcentagens
destes. Existem formulas tradicionais de adubos como por exemplo: N.P.K.
4.14.8. significa que este adubo contém 4% de (N) Nitrogênio, 14% de (P)
Fósforo e 8% de (K) Potássio.
Na fórmula acima podemos observar
que as quantidades de Fósforo (P) são maiores e isto significa que este adubo
pode atuar nas deficiências de floração e frutificação. Então se você está
tendo algum problema de floração ou frutificação, você deve usar uma formulação
de adubo que seja “carregado” de Fósforo.
Ao passo que se você precisar de
atuar no verde da planta, nas suas folhas, você deve usar uma formulação
“carregada” de Nitrogênio (N) como por exemplo: N.P.K. 15.8.8. – Ou usar o
salitre do Chile que contém apenas Nitrogênio, na faixa de 15%.
Com estas orientações, você não
precisa mais cair nas armadilhas de vendedores, ou de rótulos que contém
informações indevidas ou enganosas. Não é nenhuma surpresa encontrarmos adubos
que prometem mais flores para sua planta e o mesmo vir “carregado” de
Nitrogênio (N) em sua fórmula.
Neste caso, um adubo “carregado”
de Nitrogênio (N) vai favorecer ou estimular a parte verde da planta, e muitas
vezes prejudicando a floração ou frutificação. Se você está tendo problemas de
floração ou frutificação, você deve usar um adubo que seja “carregado” em
Fósforo (P).
Adubos “carregados” em Nitrogênio
(N) ou seja, o percentual do mesmo é maior do que os outros nutrientes, atuam
na parte verde da planta e os adubos “carregados” em Fósforo (P) atuam na
floração e frutificação.
Saiba também que quando você usa
um adubo “carregado” de Nitrogênio, você desfavorece a floração e a
frutificação. Você deve usar as fórmulas de acordo com as suas necessidades.
Se sua planta está “funcionando”
normalmente, você deve usar uma formula de adubo básica, equilibrada em todos
seus componentes ou nutrientes, exemplo: N.P.K. 10.10.10. ou N.P.K. 20.20.20.
ou N.P.K. 09.08.08 ou 06.08.06 etc. Note que os percentuais de nutrientes são
semelhantes em suas quantidades.
E quando eu NÃO devo adubar o meu bonsai?
A – No período que compreende os
mês de maio à 15 de julho. Neste caso o período de descanso das plantas está
sendo respeitado.
B – Pouco antes e depois da
floração. Se incrementar o crescimento vegetativo a partir de adubações, a
planta perderá os botões florais. Uma vez que se tenha aparecido os frutos,
pode começar de novo com o processo de adubação
C – Logo após transplantar e
cortar raízes, é necessário que o sistema radicular se regenere. Espere para
adubar após 4 semanas.
Nunca adube uma planta
recentemente transplantada! Quando realizar o transplante, faça aplicação
apenas de um hormônio enraizador (ou vitamina B1), a planta precisa se adaptar
ao seu novo local antes de começar a receber adubo.
Nunca adube uma planta doente.
Adubo é alimento, não é remédio. Para “curar” sua planta, você primeiro precisa
identificar o problema, saber se é excesso ou falta de água, de sol etc. Só
volte a adubar quando ela já estiver estabilizada. Como você vai saber se ela
está estabilizada? Simples, quando ela estiver brotando bastante.
Bom, acho que consegui explicar
um pouco mais sobre esse tema que é muito discutido nos fóruns entre bonsaístas
experientes. Espero que tenha conseguido esclarecer algumas dúvidas, caso
tenham alguma pergunta, a caixa de comentários está sempre aberta.
Olá, Bruno, muito bom o artigo. Parabéns! Gostaria de saber se existe algum produto pronto com a composição de Nitrogênio e Enxofre, gostaria de usá-lo como você estava explicando no início do artigo, para crescimento e desenvolvimento de uma muda que eu tenho em casa. Quero fazer esta experiência. Muito obrigado desde já,
ResponderExcluirAbraços
Caro Weverton, inicialmente obrigado pelo incentivo. Quanto ao adubo pronto à composição de nitrogênio e enxofre eu sinceramente desconheço. Este ano devo experimentar intercalar a torta de mamona, com o 04-14-08 e a calda sulfocáustica (enxofre). Mas pode deixar que se eu descobrir coloco lá no Clube, ok?
ResponderExcluirAbs
Amigo ótimo post sobre adubação. Parabens!
ResponderExcluirGustavo
Obrigado Gustavo!
ResponderExcluirNão esqueça de fazer contato no Face, ok?
Abs
Bruno bom dia!!! Sou engenheiro agronomo, trabalho em Dores do Indaia e stou com uma demanda, o que poderia causar o secamento e a morte da Tuia, espécie de Bonsai. Ela está localizada na lateral de uma residencia e incide sobre ela bastante sol. Duas plantas já secaram toda parte aérea e morreram. Meu email é allanflaviog@hotmail.com - Allan
ResponderExcluirCaro Allan, obrigado por participar do meu blog. Todas as contribuições sempre são muito importantes pra mim.
ResponderExcluirQuanto a Tuia que voce cita, é importante conhecer melhor detalhes desta planta, como a subespécie da mesma, pois algumas são bem distintas umas das outras, ainda que sejam Tuias e coníferas.
Como exemplo, posso citar duas duas Jacarés. Uma sobreviveu e outra não Tive problema com as duas, que repentinamente começaram a secar, ainda que bem servida de sol. A causa foi infestação de aranhiço que tratei com enxofre. Uma morreu e a outra está se recuperando.
Assim, reforço, seria ótimo que pudesse dar mais detalhes deste exemplar. Se quiser mandar umas fotos ou algo assim, anota aí meu email: bruno.gomes.silva@gmail.com.
Abs