domingo, 4 de março de 2012

Projeto nº 26 - Cerejeira do Rio Grande

Amigos, boa tarde.

Seguindo com os projetos atrasados para apresentação, mostro minha muda de Cerejeira do Rio Grande. Esse exemplar também veio de Dona Euzébia, contudo, foi rejeitado num primeiro momento por todos nós do Clube que preferimos escolher outras espécies, contudo, na minha segunda visita onde as plantas estavam guardadas, e abri meu coração para ela.

Seguem fotos:




Nome popular: Guaibajaí, ivaí, cereja-do-rio-grande, ibajaí, ubajaí. 


Nome Científico: Eugenia involucrata DC

Família Botânica: Myrtaceae

Características Gerais: Árvore de 5 a 10 m de altura. Tronco ereto, com ramificações tortuosas, pouco suberoso, com casca acinzentada. Folhas simples opostas, lanceoladas com pêlos curtos nas nervuras, aromáticas e com pontos translúcidos. Flores brancas, numerosas, pequenas, com odor agradável, usada na indústria de perfumaria. 

Fruto baga, subgloboso ou globoso, de 3 cm ou mais, levemente pubescente, amarelado, albovelutino quando jovem, com uma semente grande castanho-clara. 

Observações Ecológicas e Ocorrência: Espécie pioneira, decídua. Ocorre desde São Paulo até o Rio Grande do Sul, nas formações florestais do complexo atlântico e nas florestas e cerrados da bacia do Paraná. Ocorre ainda no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, nas florestas estacionais semideciduadas e nos cerrados "senso lato". 






Características: árvores de até 15 metros, tronco ereto, cinza-esverdeado, meio cilíndrico (de até 40cm de diâmetro) e de casca lisa e descamante. Tem copa arredondada com flores solitárias e esbranquiçadas. Já os frutos são vermelhos-brilhantes, tipo drupa, medindo cerca de 2cm, polpa carnosa, doce, comestível e envolvendo até 3 sementes. A madeira é pesada, compacta, muito resistente e de boa durabilidade. 

Onde Ocorre: Rio Grande do Sul / MG e em Florestas Estacionais Semideciduais de Altitude e Cerrado. 

Solo: gosta de clima quente e úmido, sendo encontrada principalmente em matas e áreas raramente sujeitas a inundações. 

Informações Ambientais: espécie que perde suas folhas em determinado período do ano, adaptada a ambientes expostos a luz direta. 

Floração e Frutificação: flores e novas folhas aparecem de setembro a novembro, enquanto os frutos, entre outubro e dezembro. O ideal é colher os frutos quando começarem a cair. 


Época para Colheita de Sementes: suas sementes são produzidas em grande quantidade, e devem ser colhidas a partir fevereiro. 

Produção de Mudas: despolpe as sementes e plante-as diretamente em recipientes individuais, contendo substrato organo-argiloso. Mantenha em local sombreado e regue 2x ao dia. Em 40 dias estão brotando. O desenvolvimento da planta é lento. Frutifica somente após 7 ou 8 anos. 


Sendo impossível planejar qualquer ação observando a muda da forma que se encontrava, promovi a retirada de um pouco de substrato, bem como fui limpando as raízes expostas que estavam escondidas abaixo da terra, assim como providenciei também uma limpeza de alguns galhos e o resultado é o seguinte:






Estive pensando em um estilo "Vassoura" que me parece ser a melhor opção pela impossibilidade de retirar este emaranhado sem prejudicar a estrutura da planta. Próximo à primavera realizarei o transplante para um escorredor e volto a postar atualizações. Enquanto isso, vamos nos inspirar em exemplares disponíveis na internet:




2 comentários:

  1. Bruno, muito bom material vc tem!
    Interessante aquele tronco, que tal dar uma podada em alguns galhos e nas raízes que saem dali daquele emaranhado e tentar dar uma forma de S pra ela? Na 4ª foto dela me parece que dá pra fazer hein?

    Abração!

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  2. Rafa, obrigado.
    Já fiz uma poda de galhos que atrapalhavam mais do que os que aí estão.
    Não vejo essa possibilidade da sinuosidade, pois no meio deste emaranhado há uma bola de raiz que junta todas as raízes aos galhos de cima sem qualquer divisão que possibilite uma separação.
    Vamos ver... talvez leve para uma oficina também.
    Valeu !

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