Amigos e curiosos,
Nossa segunda edição da coluna Papo no Clube conta com a colaboração do nobre colega de São Bernado do Campo, MacDonalds Fernandes.
MacDonalds é um bonsaísta sempre solicito aos iniciantes como eu e possui, dentre diversos contatos e presenças virtuais, o site www.abcdobonsai.com.br.
Abaixo a reflexão oferecida por ele.
Aproveitem !
O Bonsai Como Terapia
Você já se perguntou por quê começou a cultivar Bonsai?
É comum escutarmos pessoas dizendo que começaram a arte do Bonsai como terapia e isso realmente é uma verdade imensurável. Este nobre hobbye te ensina muito além do que se pode imaginar. Você já se perguntou por quê começou na arte?
A primeira lição vêm com o exercício da paciência. No ínício do cultivo às plantas, têm-se vontade de fazer tudo ao mesmo tempo. Depois de algum tempo, aprendendo a fisiologia das espécies, aprende-se a esperar o tempo que for necessário para determinada intervenção. Quando estamos começando é comum chamar todas nossas mudas de bonsai, inclusive as compradas em supermercados. Enchemos nossos quintais ou cantinhos de estacas e olhamos para toda as plantas nas ruas por onde vamos e imaginamos sua beleza em um vaso ou bacia de treinamento, quando não nos pegamos arrancando alguma galho para nova estaquia.
Depois de algum tempo e com uma visão mais apurada, nos vemos doando aquelas pequenas mudinhas para amigos ou até mesmo novos iniciantes que queiram se aventurar. É neste momento que começa a se perceber que a melhor forma de mantermos nossas plantas é esperando.
A segunda lição vêm com o estudo. Para seguir mantendo viva as nossas plantas, deve-se estudar detalhadamente cada espécie e suas peculiaridades e isso, acaba exercitando nosso cérebro em busca de novas soluções. De repente já estamos com livros, revistas e várias pastas no computador com informações valiosíssimas e que não podem ser perdidas de forma alguma.
A terceira lição vêm com a formação das novas amizades. Identificamos pessoas que partilham do mesmo gosto e quando menos percebemos, passamos dias inteiros do lado desses grandes amigos numa intensa troca de informações e alegrias. Aprendemos com isso a respeitar a visão e grau de aprendizado de cada um, sabendo que no fundo, o que mais vale é a amizade.
A quarta e talvez última lição é a dor da perda. Muitas vezes dedicamos anos a uma planta e por um vacilo ou obra do destino ela morre, muitas vezes sem motivo aparente. É nessa hora que as vezes bate um desânimo e temos que ter em mente a intenção de continuar. É aí que entra a persitência, pois não existe um bonsaísta no mundo que não tenha perdido um Bonsai.
E por fim devemos nos perguntar se isto está nos causando boas sensações. Se a resposta for sim, você está no caminho certo para uma terapia saudável.
Matéria escrita por Mac Donald Fernandes
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