Boa noite aos amigos !
Estreio esse tema após receber uma luz em análise das minhas últimas sessões com minha terapeuta. Aliar o aprendizado na arte bonsai à minha rotina do dia-a-dia, tem me propiciado bons resultados. Bom ansioso que sou, estou tendo que me desdobrar para aguardar e ficar "só namorando" as plantinhas, sem poder acelerar seus crescimentos.
Tenho uma atividade mental muito intensa, e escolhi um excelente hobbie para "dar uma desligada" e aproveitar melhor cada momento do meu dia. Os finais de semana que o digam, e por não ter muitas plantas, realmente passo um tempo planejando e estudando. Em breve buscarei novos desafios com algumas especies, mas isso assunto para outro post.
É curioso como a natureza as vezes nos mostra as lições e se não estamos atentos ou dispostos a observar, simplesmente perdemos.
Minha reflexão de hoje é inspirada na figuinha do Projeto nº 02 (http://bonsaijuizdefora.blogspot.com/2011/02/projeto-n-02-figueira.html) que, dentre minhas 4 experiencias, foi a que demonstrou melhor capacidade de adaptação aparente. Pela primeira vez em minha vida, pude acompanhar o desenvolvimento de um ciclo completo de uma planta em todas as estações, e pude constatar, a magnitude e divindade da natureza, quando os primeiros frutos apareceram.
Foram sete figos que rapidamente tomaram um tamanho satisfatório com aparência muito suculenta (pude comprovar semanas depois, ehehehe) e o que me chamou mais atenção foi quando ao iniciarem seus desenvolvimentos, a figuinha simplesmente deixou que alguns brotos e jovens ramos e folhas que pareciam continuar a crescer, se estagnassem. Muito curioso, me dediquei diariamente a acompanhar se haveria novas mutações.
O que pude comprovar? A natureza determinou àquela especie que interrompesse o seu crescimento físico em prol do desenvolvimento de seus frutos que continuaram saudáveis até seus amadurecimentos totais na última semana. Hoje, após concluir sua fase nesta estação, a figuinha reiniciou sua dedicação a nutrir tais ramos e folhas, que voltaram a se desenvolver como se estivessem "pausadas" por um momento. Fiquei fascinado !! Um grande aprendizado.
Minha reflexão de hoje me levou a questão análoga aos nossos comportamentos. Até que pontos somos "maquinas" que não descansam e nunca param de pensar e qual o custo disso tudo? Qual a nossa energia? Qual o nosso limite? Dá pra fazer uma pausa?
Me convenci neste momento que o nosso limite é o fim da produção dos nossos frutos. Relaxar, respirar e nos concentrarmos faz parte de uma vida saudável, com relativa qualidade de vida. É isso que nos falta hoje. Deixemos nossos ramos de lado temporariamente em prol de nossos frutos.
Precisamos sim, nos dedicar a uma coisa por vez, a dedicar nossa atenção àquilo que vale a pena, deixemos nossos carros, computadores e celulares de lado por um tempo e voltemos ao nosso coração, sorrisos e caminhadas ao sol. Cuidemos de nossos ciclos, dando toda a nutrição necessária para nossa família, trabalho e amigos, pois se não, perdemos as estações e não vemos os frutos.
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