quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Projeto nº 20 - Juniperus Shimpaku

Amigos e curiosos,


Apresento um novo projeto desenvolvido hoje, trata-se de uma conífera belíssima e muito utilizada para a arte do Bonsai, o Juniperus Shimpaku, obtido através de uma muda fornecida com o apoio do amigo Nilson Jr. de Dona Euzébia.

Arvore originária da china e de fácil adaptação nos mais variáveis climas do mundo. Esta conífera é largamente utilizada para bonsai devido a suas folhas pequenas e a coloração avermelhada de seu tronco. Em seu país de origem pode alcançar cerca de 25 m de altura. Suas folhas podem variar seu formato de acordo com a idade, para arvores mais jovens suas folhas são geralmente mais claras e largas e quando mais adultas as folhas já possuem um formato mais compacto e escamoso que podem ser podadas facilmente com as pontas dos dedos

Na primavera rega-se o Shimpaku quando a superfície da terra estiver seca. Normalmente em temperaturas altas ( acima de 23 oC ) é necessário regar todos os dias. No inverno o consumo de água é moderado, deve-se tomar cuidado umidade constante no tronco e raízes favorecendo o surgimento de fungos ( Pó Branco ), estes podem até ocasionar a morte do bonsai se não forem tratados. 

Os adubos mais indicados para o shimpaku é o orgânico de decomposição lenta. Este deverá ser aplicado desde a primavera até o outono. Os adubos mais indicados são os ricos em Nitrogênio. Como sugestão,  de N-P-K ( Nitrogênio – Fósforo – Potássio ) na ordem de 10-10-10 ou 10-05-10. Não esqueça que no mínimo uma vez por ano é necessário a Adubação com micro nutrientes ( Ca {Cálcio}, Mg {Magnésio}, S {Enxofre}, B {Boro}, Cl, Cu, Co, Fe....). 

A seguir a muda antes das intervenções:



Três grandes ramos e dificil visualização do nebari

Visão invertida

Visão Aérea
As primeiras intervenções que promovi foram há duas semanas atrás para limpar os galhos e agulhas bem como retirar um pouco de terra da parte de cima do recipiente para passar a ter uma visão melhor da estrutura da planta. De lá pra cá fiquei estudando quais trabalhos adotaria neste exemplar. 


Me surpreendeu a quantidade de condicionador de solo (8 litros) que estavam  na superficie do vaso que retirei

Possível frente após a limpeza


Visão invertida

Detalhe do Nebari que estava 4 dedos abaixo da terra

Depois de algumas pesquisas e consultas em fóruns, seguem registros dos trabalhos de hoje, a começar com a proteção do tronco que terá o movimento principal conduzido por arames:










Depois das primeiras marcações aéreas, iniciei o trabalho de jin e shari nos dois primeiros ramos e parte do tronco:




Inicio do jin do lado direito



A seguir finalizações dos trabalho:














15 comentários:

  1. Pow ficou bem legal ein bruno mais uma coisa me deixou um pouco emcabulado, e o ápice?
    abração.

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  2. Pablo, obrigado pelo incentivo. Foi um trabalho muito prazeroso de ser feito.
    O ápice não pode ficar tão preenchido como pretendia. A idéia era uma copa bem cheia com o ápice da forma que está mesmo, valorizando a conicidade, mas não deu por falta de ramos que pudessem ser bem posicionados, contudo, a estrutura principal já está definida.

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  3. Brunão, o trabalho esta esta muito maneiro. primeiramente parabéns pela coragem, porque isso você teve sem sombra de dúvidas!!!! A estrutura principal esta bem definida!! Acho que foi de muita coragem a grande poda estrutural. Quando iniciei o trabalho com a minha, fiquei preocupado com a reação da planta quanto a poda estrutural, ainda mais nessa época, por temer que não seja a época mais adequada para esse tipo de poda, creio que a poda estrutural deve ser feita no final do inverno. Quanto a aramagem esta feita não época certa! Quanto ao condicionador de solo, sinceramente não sei o que dizer, uma vez que shimpakus são muito temperamentais quando ao solo e principalmente em relação a alteração do PH. Talvez o condicionador de solo a mantenha mais saudável, mas não tenho certeza quando a isso. Temos que prestar muita atenção quanto a aclimatação da planta. Uma vez que, são mudas que estamos com elas a pouco tempo. Minha intenção aqui é aprender em conjunto com o amigo, jamais tive a intenção de criticar o trabalho de um amigo desejo que isso fique bem claro para que meu comentário não pareça arrogante. Espero sinceramente poder trocar mais informações quanto a essa espécie com você uma vez que também é uma planta nova para mim, uma vez que já tive outros exemplares mais que infelizmente tive problemas com eles. Gostaria de parabenizar tambéma postagem que esta muito bem feita, com ruiqueza de detalhes! Agora e torcer para que ela prossiga bem, com saúde e possa se transformar um belo bonsai, claro que com muita paciência, uma que seu crescimento e mais lento!!!
    Grande abraço

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  4. Brunão, me desculpa, mas olhando novamente o post, Esqueci de comentar a respeito dos trabalhos de jin e shari, ficaram ótimos!!!! Gostei demais!!!! Outro detalhe que esqueci de comentar foi o que diz respeito ao material usado para a proteção do galho, gostaria de saber se é borracha, câmara de ar. Já vi alguns trabalhos assim, mas também já vi que atrapalham os galhos uma vez que esse material veda o contado do galho com o ar, prejudicando a planta. Não sei se é verdade!!!!! Fica aí a dica!!!! Talvez uma proteção de material vegetal seja mais adequada!!!! Voltando aos trabalhos de jin e shari observo que não vez o uso de calda sulfocálcica para proteção do tronco, sinceramente acho que você fez a escolha certa quanto a isso. Pelo menos nesse momento. A acidez da calda poderia prejudicar a planta, reparei isso com uma que tenho, não tenho certeza do que esta acontecendo com ela, mas após o uso da calda uma galho começou a secar.Acho que deveria continuar sem e não se arriscar com o uso da calda!!!!!
    Grande abraço!!!!

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  5. Valeu Douglas, realmente acho que arrisquei em fazer tantas intervenções neste exemplar agora,mas vemos ver como reage.

    Usei câmara de ar de bicicleta para proteção do tronco sim, depois de muito pesquisar na net, e conhecer algumas conclusões bem conceituadas que diziam que a ráfia colam no tronco e depois é difícil de tirar. Além do mais, a borracha possibilitou um movimento que não conseguia sem ela.

    Quanto ao jin e o shari realmente não usei a cauda, até porque não tenho, mas quis deixa-los sem para ver como se comportam. Se precisar, depois passo para ver, mas por ora, devo deixar assim mesmo.

    O aprendizado vai rolar sempre e por isso devo pegar outro shimpaku para comparar as evoluções...

    Abs e valeu.

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  6. Boa tarde, Bruno.
    Embora tenha prometido a mim mesmo que não faria comentários em sites relacionados à bonsai, vou quebrar minha promessa e vou comentar sobre seu "projeto".
    Como já fui sumariamente expulso do site do enganador Mário Leal, certamente você vai me ridicularizar (como ele fez e faz com qualquer um que não diga que é uma obra de arte) bem como não vai publicar nada. Mas tudo bem, já sei disso e também por isso é que prometi não mas comentar. Mas vou em frente.
    Não sei em que você pensou quando executou seu projeto, pois inspiração é que não se pode chamar. Assim lhe pergunto: - Onde você pretende chegar com sua obra? Se faça a pergunta e olhe para a obra e me responda mais uma: - Não seria o momento exato de voltar a estudar?
    Achei ótimo ter colocado a borracha no galho! Agora me diga a razão disso: É para proteger a planta? E por que motivo você não encostou o arame no galho que já estava protegido? Aquilo está mais folgado que minha cunhada, meu velho!
    Aproveitando a questão do galho aramado lhe faço mais uma perguntinha para sua reflexão: - O que foi que te levou a aramar (mal pra caralho) a porra do galho se não fez nada com ele? Você sabia que a aramação é utilizada para mover a merda do galho e ele ficar no lugar onde você colocou? Se for para aramar e não mover o galho, de que vale aramar? Será que você colocou o arame pensando em uma simpatia antiga das bruxas que faziam magia nos tempos do japão antigo?
    Cara, pára com isso de envergonhar a classe! Já não basta uma infinidade de falastrões que desabonam os bonsaístas brasileiros e vem você com isso?
    Ajude a todos, estude mais e mostre menos.
    Vai em frente.
    A propósito, onde foi que você colocou sua obra de arte, na mesa de centro da sua sala? Não dá para expor aquilo né. Então esconde de todo mundo e não publique.
    Vamos em frente.

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  7. Prezado Anônimo, boa noite.

    Obrigado por expor sua franca opinião, ainda que tenha utilizado termos impróprios no primeiro contato com alguém que não conhece. Nos foruns que frequento é difícil alguém manifestar críticas a determinados trabalhos da forma que realmente pensa, por isso te contrario e publico sua opinião.

    Contudo, sem dúvida seria de muita valia se além de bater nesta tentativa amadora, também utilizasse da sua experiência para colaborar com o que acredita ser a forma correta de trabalho.

    Meu interesse aqui é expor minha experiência e dos meus colegas e em momento algum tento competir ou denegrir quaisquer profissionais conceituados.

    Se és um destes lamento, mas ainda apanho para melhorar o nível e por isso não entrarei nos detalhes das falhas que identificou neste trabalho.

    Tenho certeza que quando começou, também enfrentou dificuldades em uma ou outra técnica.
    Gostaria de conhecer seus trabalhos.

    Porque não se identifica e compartilha contatos para trocar experiências?

    Cordialmente,
    Bruno

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  8. Olá Bruno
    Não ligue.
    A inveja mata. Esse cara é um babaca, muito mal educado e alem de tudo covarde, pois não se identifica.
    Eu estou iniciando nesta arte e o seu trabalho com certeza vai me ajudar. A gente só aprende com estudo (tentativa/acerto/erro). Vá em frente.
    Um abraço
    Clovis

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    1. Falou Clovis, obrigado pelo incentivo.
      Aqui o espaço está disponível para quaisquer opiniões.
      Melhor para quem quiser crescer mutuamente.
      Abs

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  9. Caro Bruno,

    Antes de tudo gostaria de participar o sr. clovism que não estou sentindo inveja de ninguém, por isso não me enquadro na praga que ele rogou, nem tampouco no ditado popular.

    Voltando à você, Bruno, confesso que me surpreendeu. Certamente me enganei a respeito da pessoa para quem estava encaminhando a mensagem. Ocorre que a grande maioria, para não dizer todos, são extremamente orgulhosos e não aceitam nada que não seja elogios e incentivos baratos, desprovidos de informações. Parece-me que esse não é seu caso.

    Confesso que os termos que utilizei foram bastante ásperos - pelos motivos acima - mas vou me desculpar com você pois merece meus pedidos de desculpas.

    Ainda a respeito do texto, vou me reportar a questão da aramação.
    O objetivo é dar movimento ao galho que se trabalha. Para tanto é importante observar alguns pequenos, porém importantes detalhes.
    Para você iniciar a aramação, você precisa "ancorar" o arame. Pode ser cravando o arame no substrato ou ainda se valendo de uma bifurcação, fazendo com que o meio do arame fique alí apoiado e as pontas se voltem para os dois galhos. Também há a possibilidade de fazer a volta pelo tronco e encontranto a ponta do outro lado, continuar a aramação.
    Deve sempre obedecer o sentido do tronco para a ponta dos galhos e, preferencialmente, com passadas em 45º. Sempre terminar com o arame na parte de baixo do galho e - de preferência - virando a ponta para trás.

    A proteção no galho se faz necessário para plantas cuja fragilidade aumenta o risco de quebra. Também é utilizada a proteção, seja de borracha ou ráfia úmida, para preservar a casca do galho.

    Depois disso se faz o movimento do referido galho, observando melhorar o preenchimento de espaço vazio.

    Quando for fazer o movimento, inicie pela base do galho, próximo ao tronco, apoiando os dedos no galho e com o polegar no arame, vá fazendo pressão nos anéis que se formaram, distribuindo a força pelo galho todo.

    Ah, já ia me esquecendo. Sua aramação estava muito folgada. Quando estiver aramando, o arame deve estar totalmente em contato com o galho e firmemente ancorado. Caso contrário no momento de move-lo ele não lhe "obedecerá".

    Só para comentar a respeito da sua árvore, ela pode ser movida, torcendo o galho 180º e trazendo o ápice para o centro sem problemas, uma vez que o galho é bastante flexível. Não tenha medo.
    Outra coisa. O ápice fica para cima e não o aponte para baixo. Ele até pode ter movimento, porém ascendente.

    Quanto a me identificar, julgo não ser apropriado por razões pessoais, mas de toda forma, farei questão de lhe acompanhar e, na medida em que souber, lhe dareis instruções. Caso não as tiver, consultarei meu professor.

    Um abraço e até breve.

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    1. Caro colega anônimo.
      Muitíssimo obrigado pela contribuição.
      O espaço estará sempre aberto aos que querem colaborar com sua experiência.
      Infelizmente esse exemplar morreu, mas fica a lição. Em outra postagem atualizo o fato, se quiser sinta-se a vontade para comentar e me ajudar a descobrir os motivos.
      Até breve.

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  10. Olá Bruno,
    Muitos são os riscos que corremos quando trabalhamos nossas árvores, principalmente quando de forma radical, como foi seu caso.
    O trabalho que você fez de aramação e eliminação de massa verde não incorre em risco, mas descascar boa parte da árvore e não proteger com selante, isso sim é perigoso. Imagine você fazer uma cirurgia de grande porte em um paciente e não dar nenhum ponte nem fazer nenhum curativo. Por melhor que tenha sido o procedimento, a conclusão deixou a desejar. Agentes certamente contaminaram sua árvore, que por sua vez perdeu seiva e capacidade de se recuperar. Está aí a causa-morte.

    Boa sorte para as próximas investidas.

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    1. Obrigado pela orientação. Desse erro não corro mais o risco de perder outro exemplar. Valeu.

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  11. Bruno, boa tarde, meu nome é Ivan, tenho 3 exemplares de bonsai, mas estou aprendendo aos poucos, pois não é nada fácil.
    Você pode me informar onde conseguiu comprar a muda do Shimpaku?
    Adorei o seu blog, parabéns, abçs.

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    1. Bom dia caro Ivan,

      Seja sempre bem vindo a este espaço que construí para deixar registrado meus sucessos e insucessos nesta experiência no Bonsai.

      Como disse em um dos comentários acima, este exemplar infelizmente morreu, mas mantenho outro com menos intervenções que está indo bem. Realmente é de díficil cuidado, especialmente aqui em Juiz de fora/MG onde o clima não é, digamos assim, o ideal para o exemplar.

      Em resposta à sua pegunta, adquiri meus exemplares com o Nilson Jr., amigo da cidade de Dona Euzébia, na região da Zona da Mata mineira. No ínicio da matéria tem um link que pode te levar direto ao blog dele.

      Também há como conversar com ele e toda a nossa galera no grupo e página do Bonsai Clube de Juiz de Fora no Facebook, que atualmente, é onde utilizamos com mais afinco para divulgar e trocar experiências.

      Apareça lá no Face e se cadastre em nosso grupo, tenho certeza de que, sendo iniciante como nós, poderá absorver bastante !!!

      Grande abraço,

      Bruno

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